A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa recebeu nesta terça-feira (12) a diretoria da Bahia Mineração (Bamin), que apresentou os avanços do Projeto Pedra de Ferro, em implantação nos municípios de Caetité e Pindaí, na região da Serra Geral. O empreendimento, que se propõe a ser uma das mineradoras mais modernas do mundo, pretende produzir 18 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, fazendo da Bahia o terceiro maior produtor de minério de ferro do Brasil. Além dos componentes da Mesa, estiveram presentes líderes e vice-líderes de bancadas e partidos, totalizando 28 deputados. Na ocasião, os executivos apresentaram o projeto da barragem de rejeitos da mina, a ser construída em Caetité.
“O Pedra de Ferro é um importante projeto para o desenvolvimento da Bahia, principalmente para o Sudoeste baiano, que ainda envolve a construção da Ferrovia Oeste-Leste e o Porto Sul, em Ilhéus”, disse o presidente Nelson Leal. Ele explicou que “a diretoria da Bamin veio apresentar o seu projeto de barragem para rejeitos, que é diferente das que foram construídas em Minas Gerais, sobretudo a de Mariana, que se rompeu em 2015; e a de Brumadinho, este ano. Foi muito boa a iniciativa, porque é um tema que está na ordem do dia da Assembleia”, avaliou, ressaltando que “precisamos de desenvolvimento, mas, sobretudo, precisamos de garantir a vida”.
A reunião, que se realizou no Salão Nobre da Casa, “teve por objetivo esclarecer sobre a implantação do projeto integrado da mina de ferro, em Caetité, do Porto Sul e da Ferrovia Engenheiro Vasco Azevedo Neto (antiga Fiol)”, explicou Ivana Bastos, segunda vice-presidente da ALBA e proponente do encontro com a mineradora.
Os executivos da Bamin, empresa do grupo Eurasian Resources Group, apresentaram o projeto da barragem, que é de alteamento a jusante, diferente das barragens mineiras que romperam, construídas a montante. “Ao contrário do alteamento a montante, o processo a jusante é feito para fora e para baixo do barramento. Exige mais material para construção da nova parede de contenção”, explicou Alexandre Aigner, diretor financeiro da Bamin. Ele disse que o material para altear a barragem a montante é depositado em cima do próprio rejeito sedimentado, o que reduz o custo da estrutura, enquanto a barragem a jusante é mais segura e mais resistente às atividades sismológicas. “A empresa tem se preparado para atender a todas as exigências ambientais e de segurança do estado”, ressaltou.
Alexandre Aigner compareceu acompanhado de Daniel Medeiros, gerente geral de Sustentabilidade; de Cláudio Rezende, coordenador geotécnico; e o diretor do Projeto, Alberto Vieira. Participaram da reunião os deputados: Aderbal Caldas (PP), Alex Lima (PSB), Antonio Henrique Jr. (PP), Diego Coronel (PSD), Eduardo Salles (PP), Euclides Fernandes (PDT), Fabíola Mansur (PSB), Fabrício Falcão (PCdoB), Ivana Bastos (PSD), José de Arimateia (PRB), Júnior Muniz (PP), Jurailton Santos (PRB), Luciano Simões Filho (DEM), Marcelino Galo Lula (PT), Maria del Carmen Lula (PT), Niltinho (PP), Pastor Tom (Patriota), Paulo Câmara (PSDB), Rosemberg Pinto Lula (PT), Sandro Régis (DEM), Soldado Prisco (PSC), Talita Oliveira (PSL), Tiago Correia (PSDB), Tom Araújo (DEM), Vitor Bonfim (PR), Zé Cocá (PP) e Zó (PC do B).
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